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“ODE AO MAIS IMPORTANTE HITMAKER DO SÉCULO XX – BURT BACHARACH”

A música amolece o coração, faz você sentir algo se for bom, traz emoções que talvez você nunca tenha sentido antes. É uma coisa muito poderosa se você for capaz de fazer isso, se tiver em seu coração fazer algo assim.”

Essa ode à música é do fenomenal maestro, pianista e compositor kansense, Burt Bacharach (1928-2023), dita por ele em uma entrevista de 2018, em Los Angeles.

Bacharach, o mais importante Hitmaker do século XX, teve uma vida longeva (94 anos), marcada por casamentos desfeitos com belas e talentosas mulheres.

O primeiro, com a bela atriz americana de teatro, cinema e televisão, Paula Stewart;

Paula Stewart e Bacharach

O segundo, com a belíssima atriz americana de cinema e televisão, Angie Dickinson, com quem gravou I’LL NEVER FALL IN LOVE AGAIN – LIVE ON TV; TV:

Angie Dickinson

Vejam clicando no Link: https://www.youtube.com/watch?v=Tv7D853QG_0

Carole Bayer Sager

O terceiro com Carole Bayer Sager, produtora musicalcompositoraliricista e cantora norte-americana popular pela realização de trabalhos em musicais da Broadway e em trilhas-sonoras de filmes de sucesso, que colaborou com ele em várias canções; e finalmente, com Jane Hanson, famosa apresentadora de TV no New York Live e na NBC-TV, em Nova York. Visualizar Alterações

Jane Hanson

Sua quarta mulher foi Jane Hanson, a bela apresentadora de TV do New York Live e da NBC-TV em Nova York.

Em 1956, aos 28 anos de idade, o compositor Peter Matz o recomendou para trabalhar com Marlene Dietrich (estrela de fama internacional nos anos 1930) que precisava de um arranjador e maestro para dirigir suas turnês internacionais. Como diretor musical dessa estrela internacional, Bacharach, que era um ilustre desconhecido, fez várias turnês pelo mundo e ganhou o merecido reconhecimento como maestro e arranjador de raro talento.

Em julho de 1959, Bacharach veio pela primeira vez ao Brasil, acompanhando Marlene Dietrich, que fazia uma turnê sul-americana, com algumas apresentações no Golden Room, do Copacabana Palace. Burt Bacharach chamava atenção do público pela sua aparência de homem alto, elegante, vigoroso, simpático e, ademais de muito bonito, era mulherengo.

Nas suas horas de folga, Bacharach caminhava pelos bairros do Rio, chegando a visitar alguns morros e favelas, quando conheceu e se apaixonou pelo baião, à época, já suplantado pelo rock and roll e a pela bossa nova.

Em sua autobiografia “My Life and Music” Anyone Who Had a Heart (escrita com Robert Greenfield), Bacharach fala sobre o gênero musical criado pelo grande sanfoneiro, Luiz Gonzaga e pelo consagrado compositor, Humberto Teixeira, iguatuense primo da mãe deste escritor.

Bacharach confessou: “Foi a primeira vez que escutei a batida do baião, ritmo que é seguido por uma pausa, uma batida ou por duas meias batidas que encantaram os compositores que trabalhavam na linha de montagem do Brill Building e da Broadway, reduto de grandes talentos musicais como, Carole King, Leiber & Stoler, Gerry Goffin, e o próprio Bacharach. Assim, eles colaram a batida nordestina com o rhythm and blues. Stand by Me, por exemplo, é um rhythm and blues totalmente influenciado pelo baião. De Burt Bacharach, o baião fica bem definido na música, “Do You Know the Way to San Jose?”

Em 1998, ele gravou o álbum Painted From Memory, com o cantor e compositor Elvis Costello. Além disso, Bacharach participou de vários filmes de Hollywood, incluindo os três da série Austin Powers.

Bacharach é uma dessas figuras que poucas pessoas conhecem seu rosto ou lembra do seu nome, mas certamente já curtitam bastante algumas das suas belíssimas canções, gravadas por incontáveis interpretes famosos, incluindo, os Beatles, os CarpentersAretha FranklinTom JonesDusty SpringfieldLuther Vandross e, especialmente, Dionne Warwick, que gravou demos para ele. Além disso, muitas foram adaptadas por artistas de jazz, como Stan Getz e Wes Montgomery. A canção “My Little Red Book”, de Bacharach e David, gravada pelos Love em 1965, tornou-se um marco do rock.

Abaixo, uma lista de sucessos que embalou gerações, influenciou incontáveis músicos e arrepanhou , prêmios Grammy e três Óscar, sendo os maiores êxitos os Oscar de melhor canção original: por Raindrops Keep Fallin’ on My Head, escrita com Hal David em 1970, e Arthur’s Theme (Best That You Can Do), escrita com Peter AllenCarole Bayer Sager e Christopher Cross, em 1982. E um Oscar de melhor banda sonora pela trilha sonora do filme de 1969 Butch Cassidy and the Sundance Kid.

Uma das suas composições em parceria com David de grande sucesso fora gravada por Dionne Warwick e, seis meses depois, na voz extraordinária de Aretha Franklin, no disco “Aretha Now”. Em 1997, a canção voltou às paradas, na versão reggae de Diana King, como parte da trilha sonora do filme “O casamento do meu melhor amigo”. Bacharach e David compuseram juntos o mais famoso hit da dupla Carpenters. Lançada em 15 de maio de 1970, a música se manteve por meses no topo das paradas de sucesso dos Estados Unidos.

“Raindrops keep fallin’ on my head” (1969) um grande sucesso música de Burt Bacharach com seu parceiro mais constante, o letrista Hal David, ganhou o mundo na gravação do cantor B.J. Thomas – na trilha do filme “Butch Cassidy”, e com ela conquistou um Oscar de canção original. No Brasil essa música ganhou várias versões, entre elas “Gotas de chuva na minha cuíca”, do Trio Mocotó.

Ouçam clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=hziG9Nr6KHU&t=16s

“I say a little prayer” (1967) Uma das mais bem-sucedidas composições de Bacharach e David, foi sucesso na gravação de Dionne Warwick e, seis meses depois, na de Aretha Franklin, no disco “Aretha Now”. Em 1997, a canção voltou às paradas, na versão reggae de Diana King, parte da trilha sonora do filme “O casamento do meu melhor amigo”.

Ouçam clicando nos links: https://www.facebook.com/watch/?v=1422338911292869

https://www.youtube.com/watch?v=kafVkPxjLYg&t=21s ou

“(They long to be) close to you” (1970) Grande sucesso no Brasil, a composição de Bacharach e David foi também o maior hit da dupla Carpenters. Lançada em 15 de maio de 1970, a música se manteve por quatro semanas no topo das paradas de sucesso dos Estados Unidos e, anos mais tarde, tornou-se o tema romântico de Marge e Homer, do desenho animado “Os Simpsons”.

Ouçam clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=tT86AoSGEL8

“I’ll never fall in love again” (1969) Uma das músicas mais conhecidas de Dionne Warwick, a composição de Burt Bacharach e Hal David foi feita para o musical de 1968 “Promises, promises”. Com a cantora, ela se tornou um clássico do chamado easy listening. Já a gravação de Bobbie Gentry chegou ao topo das paradas no mundo inteiro.

Ouçam clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=zmsCR_39wPM&t=3s

“This guy’s in love with you” (1968) Hit de Burt Bacharach e David que chegou ao primeiro lugar das paradas americanas, a música foi gravada pelo trompetista Herb Alpert, líder da Tijuana Brass, grupo de muito sucesso nos anos 1960. Só que, ao invés de apenas tocar seu instrumento, Alpert também resolveu ser o vocalista da faixa.

Ouçam clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=zbvoKQKkje0

“The look of love” (1967) Mais uma de Bacharach e Hal David, a canção foi lançada em 1967 na voz da inglesa Dusty Springfield e chamou a atenção por sua sensualidade, em boa parte vinda da batida de bossa nova. Pouco depois, foi sucesso na gravação do grupo do pianista brasileiro Sergio Mendes e, bem mais tarde, na voz da musa do jazz Diana Krall.

Ouçam clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=kDMT6uYuDvM

“Arthur’s theme (best that you can do)” (1981) Um dos grandes sucessos de rádio dos anos 1980, a canção foi feita por Burt Bacharach, Carole Bayer Sager, Peter Allen e Christopher Cross, famoso cantor da época, que emprestou seus vocais à gravação. Feita para o filme “Arthur, O Milionário Sedutor”, alcançou o topo da Billboard e ganhou um Oscar.

Ouçam clicando no link: https://www.youtube.com/shorts/iZuZTcX7DIg

“That’s what friends are for” (1986) Composta com Carole Bayer Sager, a canção foi gravada inicialmente em 1982, por Rod Stewart, mas se tornou famosa na versão que reuniu Dionne Warwick, Elton John, Gladys Knight e Stevie Wonder, feita como forma de arrecadar fundos para um projeto de pesquisa e prevenção da AIDS. Com essas vozes, ela chegou ao primeiro lugar das paradas americanas.

Clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=NLWdjmdGvsw

“God give me strength” (1996) A canção, uma parceria de Burt Bacharach com um de seus grandes admiradores, o cantor Elvis Costello, nasceu em 1996, e era direcionada à trilha do filme “A voz do meu coração”. Dois anos depois, ela evoluiu para um disco inteiro de músicas dos dois, no qual Costello regravou a composição em sua voz.

Clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=pJvKN7MS_9w

Bacharach juntou-se ao letrista Hal David e outros para escrever algumas das canções mais populares das décadas de 1960 e 1970. Foram centenas de canções, desde o final dos anos 1950 até o início dos 1980, algumas em colaboração com David. Seis vezes vencedor Grammy Award e três vezes vencedor Academy Award, as canções de Bacharach foram gravadas por mais de 1 000 intérpretes diferentes. Até 2014, ele havia escrito 73 grandes sucessos dos EUA e 52 do Reino Unido, incluídos entre os “Top 40”. Por isso ele é considerado um dos mais importantes compositores de música popular do século XX.

Em sua autobiografia, Marlene Dietrich escreveu que Bacharach se sentia em casa em Israel e adorava fazer turnês em Paris, Edimburgo, nos países escandinavos e da cortina de ferro, como Rússia e Polônia, porque os violinistas são “extraordinários”.

Disse que em 1960, após 5 anos de trabalho, a relação entre os dois chegou ao fim, porque  Bacharach decidira se dedicar em tempo integral à composição.

Desconfio de que, além de admiradora, Marlene Dietrich apaixonou-se de verdade por Bacharach e seus sentimentos ficam claros ao confessar que o tempo em que trabalharam juntos era como “o sétimo céu […] Como homem, ele encarnava tudo o que uma mulher poderia desejar. […] Quantos homens assim existem? Para mim, ele era o único.”

Ruy Câmara

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