Dos bagos velhos dos velhos judeus e cristãos convertidos por imposição de Roma, JOÃO GONÇALVES ZARCO (DA CÂMARA DOS LOBOS – 1390 à 1471) e TRISTÃO VAZ TEIXEIRA (1395 à 1480), vieram todos os antepassados que perpetuam nos séculos os nomes das minhas famílias, Teixeira e Câmara.
Em JUNHO de 2019, eu, RUY TEIXEIRA CÂMARA, estive no FUNCHAL, na ILHA DA MEDEIRA, a convite do Governo da Ilha, para as fetividades dos 600 anos da longeva FAMÍLIA CÂMARA e os 600 anos de descoberta do Arquipélago da Madeira, pelos meus antepassados, JOÃO GONÇALVES ZARCO (DA CÂMARA DOS LOBOS) e TRISTÃO VAZ TEIXEIRA, ambos fidalgos cavaleiros da Casa do Infante D. Henrique, de Portugal.
Quando o infante D. Henrique se lançou na bem sucedida aventura das descobertas e das explorações marítimas, João Gonçalves Zarco foi o primeiro que se lhe ofereceu para o coadjuvar nesses empreendimentos e o segundo foi Tristão Vaz Teixeira.
Após haverem escapado do cerco de Tanger e dos cambates para a tomada de Ceuta (1415), esses dois jovens e bravos navegadores se lançaram na aventura das descobertas marítimas e no dia 02 de julho de 1419, há 600 anos, atracaram em uma ferradura litorânea da ilha e batizaram o local de CÂMARA DOS LOBOS, devido a existência de muitas colônias de lobos marinhos que eles caçavam.
A colonização do arquipélago iniciou-se por volta de 1425, por iniciativa de D. João I ou do Infante D. Henrique. A partir de 1440, quando estabeleceram o regime das capitanias hereditárias, Tristão Vaz Teixeira foi nomeado capitão-donatário da capitania de Machico e João Gonçalves Zarco, que teve seu nome acrescido da alcunha, CÂMARA DOS LOBOS, foi nomeado capitão donatário da capitania do Funchal.
Para dar início à colonização do arquipélago, os dois capitães-donatários levaram, na primeira viagem, suas famílias, um pequeno grupo de pessoas da média e pequena nobreza, levaram famílias de condições modestas e alguns antigos presidiários do reino. Essa forma de colonização da Ilha da Madeira serviu também como modelo para a colonização do Brasil, baseado nas capitanias hereditárias e nas sesmarias.
Foi no arquipélago da Madeira que o mercador e grande navegador genovês, Cristóvão Colombo, aprofundou seus conhecimentos na arte de navegar e planejou a sua célebre viagem para descobrir as Américas.
O arquipélago da Madeira tem atualmente 350 mil habitantes, faz parte da zona do Euro e é a 2ª região mais rica de Portugal, com um PIB per capita de 103% (acima da média Europeia).
BRAVE BIOGRAFIA DE JOÃO GONÇALVES ZARCO DA CÂMARA DOS LOBOS:
Foi casado com a bela donzela, Constança Rodrigues, com quem teve vários filhos:
- João Gonçalves da Câmara (nasceu no Funchal, Ilha da Madeira em 26 de março de 1501), Casado com D. Mécia de Noronha, filha de Dom João Henriques de Noronha.
- Rui Gonçalves da Câmara, 3.º capitão donatário da Ilha de São Miguel, Açores. Foi casado com Maria de Bettencourt, filha de Maciot de Bettencourt de Teguise. Além dos 4 filhos com Maria Bettencourt, Rui da Câmara teve 1 filho bastardo com Maria Rodrigues e mais 3 filhos com uma donzela casada e muito bela da corte portuguesa.
- Garcia Rodrigues da Câmara, foi casado com Violante de Freitas e tiveram 5 filhos.
- Beatriz Gonçalves da Câmara, foi casada com Diogo Cabral e tiveram 3 filhos.
- Isabel Gonçalves da Câmara, casada com Diogo Afonso de Aguiar, “o Velho”, filho de Pedro Afonso de Aguiar, fidalgo da Casa de Real de Household, e de Mécia de Sequeira. Tiveram 2 filhos.
- Helena Gonçalves da Câmara, casada com Martim Mendes de Vasconcelos (descendente de Carlos Magno, Hugo Capeto e Fernando I de Castela), Filho de Martim Mendes de Vasconcelos e sua esposa Inês Martins de Alvarenga.
- Catarina Gonçalves da Câmara, casado com Garcia Homem de Sousa e teveram 4 filhos.
OBRAS E ESCRITURAS:
A vida de João Gonçalves Zarco está relatada na novela de Arkan Simaan, L’Écuyer d’Henri le Navigateur, Harmattan, Paris, 2007.